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Ismar Neto

ANB3 – Ismar, como começou a sua história com o Basquete 3×3?
ISMAR – Minha história no 3×3 começou no ano de 2014, quando fiz parte da equipe de Santos no Campeonato Brasileiro de 3×3 em que ficamos em 3º lugar.
ANB3 – Essa transição do basquete convencional para 3×3, em algum momento ajuda ou atrapalha, já que você atua mais no 5×5, sente muita diferença?
ISMAR-Eu acho que só ajuda o 3×3 quando vou jogar o 5×5, já que ajuda a desenvolver o jogo rápido, de movimentação, decisão rápida, defesa constante e principalmente o condicionamento físico, que é muito mais exigido no 3×3. Outra coisa é que o 3×3 é muito usado nos treinos de equipes de 5×5, claro que não se usa a regras nem as tácticas usadas nos torneios 3×3, mas o básico é utilizado, mantendo-me sempre dentro da modalidade.
ANB3 – O 3×3 esta ganhando espaço no cenário esportivo podendo ser até olímpico. Já se imaginou algum dia defendendo o Brasil pela modalidade no maior evento esportivo do planeta?
 ISMAR – Acho que seria um sonho poder representar o Brasil nos Jogos Olímpicos. Qual atleta não sonha em participar? Espero ter essa chance, agora que o 3×3 está quase dentro do quadro de modalidades olímpicas. E sigo treinando e me preparando para um dia esse sonho tornar realidade.
ANB3 – Segundo o Ranking FIBA hoje você ocupa a quarta posição no Brasil, e 61º no mundo. Descreva o jogador Ismar que hoje tem destaque no cenário nacional na modalidade.
ISMAR – Um jogador que trabalha muito para estar onde está, que luta e se doa ao máximo em todos os jogos para ajudar a equipe. Um jogador com boa visão de jogo, bons passes e que de vez em quando mete uma bolinha de 2 por aí (risos).
ANB3 – Vale a pena ressaltar que você é o único jogador em território nacional que teve o privilegio em disputar três edições das finais do mais cobiçado torneio de 3×3 no mundo, World Tour FIBA 3×3, Sendai Japão 2014, Abu Dhabi 2015 e 2016, 9º lugar, 12º e novamente um 9º respectivamente. Percebemos que o nível é altíssimo e por isso em algum momento dava para ir mais longe na competição por melhores posições ou ficou nos detalhes de cada edição?
ISMAR – Primeiramente queria dizer que pode ser uma besteira, porém dá um orgulho enorme poder ter participado dessas finais, junto com os melhores jogadores do mundo na categoria, pois mostra que trabalho forte todos os anos para conseguir chegar aí, o que não é fácil. Agora, sim, o nível é altíssimo e cada ano que passa só aumenta o nível da fase final do WT. Sempre vou achar que podíamos ter ido um pouco mais longe, ter feito uns pontos a mais nas partidas, porém foi um aprendizado enorme cada ano, pois no primeiro ano tinha jogado poucos torneios de 3×3 e não conhecia muito bem as táticas do jogo. Já nos anos seguintes foram detalhes, que no 3×3 fazem uma diferença muito grande. Mas vejo como um aprendizado, para ano que vem tentar cuidar dos detalhes para chegar mais longe e buscar o título, que vejo como um objetivo muito possível.
ANB3 – Nesses cinco anos oficiais de 3×3 houve alguma frustração ou curiosidade que você passou com a modalidade? Seja como jogador, equipe, torneio ou desempenho. Divida com os leitores esses fatos.
ISMAR-Ah sempre tem frustrações e curiosidades nesse esporte. Tive muita curiosidade nos primeiros anos, pois não conhecia muito bem a modalidade, que apesar de ser basquete também, tem tácticas e exigências tanto físicas como mentais diferentes do 5×5. E também tinha muita curiosidade com o tamanho dos torneios, porque não fazia ideia de quão grande é o 3×3 no mundo, quão grande são os torneios, que crescem a cada ano. Agora frustrações só em não ter chegando tão longe quanto queria nos torneios e por não ter entrado no 3×3 desde o primeiro ano, porque é uma modalidade que me conquistou por seu estilo de jogo e pelo ambiente, que é bastante diferente do basquete 5×5, e que para mim é muito mais divertido e mais atrativo para os fãs.
ANB3 – Segundo a FIBA, o Brasil hoje esta entre os três países que mais promove o 3×3. Sabemos que o Brasil não anda muito bem das pernas no basquete. Acha que o 3×3 é um braço do basquete convencional podendo se profissionalizar? Você tem pretensões de continuar ser um atleta 3×3 profissional? É um caminho a seguir?
ISMAR – Sim, o Brasil anda meio mal das pernas no basquete, porém vejo o 3×3 crescendo bastante em meio a esse problema de organização da modalidade. E isso se deve principalmente às pessoas que estão fazendo o 3×3 no Brasil, porque são pessoas que realmente gostam do esporte, que querem ver o basquete brasileiro no mais alto nível. E por causa dessas pessoas e por causa das pretensões da FIBA com a modalidade que vejo que pode sim profissionalizar o 3×3 no Brasil, pois material humano nós temos e de sobra. E tenho pretensão sim de me profissionalizar no 3×3, o São Paulo DC, equipe que faço parte atualmente, tem um projeto muito bom em que buscamos cada vez conseguir essa profissionalização para podermos aumentar mais o nosso nível e chegar para brigar com as equipes.

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