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Gabriela Breve

São Paulo, 27 de março de 2017 – Entrevistamos a atual número 1 do Brasil no basquete 3×3 feminino, Gabriela Breve. Na conversa ela nos contou como entrou na modalidade, perspectivas individuais e sobre o seu time, The Girls, além de um recado especial para as jogadoras de basquete 3×3. Acompanhe abaixo:

 

breve

 

ANB3x3: Como começou a sua história na modalidade?

Gabriela Breve: Começou em Bauru, um dia que fui visitar minha família e umas amigas me chamaram para jogar, só pra se divertir mesmo. Eu topei, jogamos, nos divertimos e ganhamos. Depois disso peguei o gosto, voltei pra SP e o time que jogo hoje (The Girls) me convidou pra jogar com elas, e assim estou até hoje.

ANB3x3: Naquela época você veio pra SP disputar as finais, conta um pouco de como foi isso. Imaginou que o 3×3 poderia proporcionar algo parecido?

Gabriela Breve: Saí de Bauru com todos, ficamos no hotel. Foi tudo maravilhoso, fomos tratados muito bem em todos aspectos. Na minha cabeça nunca que o 3×3 poderia nos proporcionar algo assim, porque até então eu não conhecia muito e nem imaginava a grandeza da modalidade.

ANB3x3: Você começou a jogar no Sub18, acha que a modalidade ganhou notoriedade nos últimos anos?

Gabriela Breve: Ganhou sim, por toda divulgação e a ação que a modalidade proporciona. No ano que comecei era Sub18 e pra mim era divulgado só em São Paulo-SP, tanto que fiquei surpresa quando vi no interior. E hoje temos as etapas classificatórias em todo lugar, seja cidade grande ou interior, e isso ajudou muito no crescimento que tem avançado cada vez mais.

ANB3x3: Hoje você é a atual número 1 do Brasil, mas infelizmente não defenderá a seleção por conta da suspensão. Já pensou na hipótese de disputar torneios internacionais e até Jogos Olímpicos pela modalidade?

Gabriela Breve: Ser a número 1 me deixa bem contente pelo fato de mostrar para eu mesma a evolução que tive, mesmo nunca ter jogado por ranqueamento e sim pelo prazer de estar jogando e me divertindo com o que faço. Já pensei sim em disputar torneios internacionais, qualquer oportunidade eu abraçaria com certeza. E penso nos Jogos Olímpicos também, já que o avanço da modalidade tem sido enorme e podemos ver o nosso 3×3 nos Jogos de 2020.

ANB3x3: Sua equipe é formada por uma ex-atleta olímpica, a Alessandra. Ela te ajuda nas orientações? Qual o peso de ter uma atleta desse nível no time e ao mesmo tempo dividir a responsabilidade com ela? Afinal de contas o 3×3 começou como uma brincadeira para você e hoje simplesmente é a atual número 1 do Brasil.

Gabriela Breve: A Alessandra é uma grande companheira tanto dentro quanto fora de quadra. Por ter muita experiência ela nos ajuda com orientações e com conversas, principalmente quando estamos sem confiança ou querendo desistir da modalidade. Consideramos a presença dela no nosso time como uma premiação, por termos em nossa equipe uma pessoa com um nível alto e com toda a experiencia que ela tem. Sempre em nossas conversas de time pensamos em evoluir para sermos melhor, e hoje estando as duas entre as melhores só mostra a capacidade e dedicação da nossa equipe.

ANB3x3: Quais as pretensões da equipe?

Gabriela Breve: Temos as mesmas pretensões que sempre tivemos, de treinar e se dedicar, fazer por merecer. Eu quero e vou continuar ajudando minha equipe, vou lutar para alcançar os objetivos junto com elas! Essa temporada estaremos novamente unidas e dispostas a conquistar os títulos quando começarem as etapas femininas.

ANB3x3: Como você é em quadra?

Gabriela Breve: Sou uma pessoa totalmente diferente do que sou fora de quadra, quando eu entro na quadra esqueço tudo e foco apenas na quadra, no jogo. Tenho como minhas principais características o jogo de contato, a força, mas mesmo jogando de pivô tenho uma adoração por arremessos de longa distância.

ANB3x3: Pra finalizar, nos últimos eventos houve um aumento no número de equipes femininas participantes, deixando o torneio mais equilibrado tecnicamente. Qual mensagem você deixa para as jogadoras de basquete 3×3?

Gabriela Breve: Precisamos elogiar o basquete feminino e as jogadoras por esse crescimento. Uma mensagem que eu gostaria de deixar pra toda mulherada é que continuem assim, dando valor pra nossa modalidade, apoiando e se arriscando sempre na busca de melhorias, porque é uma oportunidade que estamos tendo de nos valorizarmos e mostrarmos a força que podemos ter juntas.